(Paráfrase do poema "Epílogo" de Gregório de Matos)
Tico e Teco da Zizi
As palavras tornam-se inquietas quando sentem necessidade de expressar-se e estão atadas na ponta de um lápis, esquecidas numa folha em branco ou enclausuradas na garganta. São frutos significativos colhidos do Eu em momentos distintos.
domingo, 23 de novembro de 2025
sábado, 22 de novembro de 2025
LUCINEIDE E MARIA VALÉRIA: SABORES LITERÁRIOS:
Cada qual com seu valor,Em estilos diferentes,Torna o ler mais saborosoPelos seus ingredientesTemperado com magia,Sabor prosa e poesiaBem ao gosto dos clientes. De um lado, Lucineide,Porta-voz dos ancestrais,De outro, Maria ValériaTece registros plurais.Ambas, na literatura,Marcam presença e cultura,Com obras essenciais.
Zizi, 21/11/25
(Estrofe com dez versos:)
Escritoras de valor,Mesclam prosa e poesia,Temperados de magia,Com capricho e amor.Seus escritos têm saborE dosagens diferentes,Tornando seus componentesDignos de um banqueteCom direito a um bilheteBem ao gosto dos clientes.
BOM DIA COM DEUS
E força ao acordar
Pois depende de você
Para um dia começar
Fragilize o presente
Confie no amor de Deus
E viva plenamente.
Sorria para você,
Sorria para ela
Sem perguntar o por quê.
Para gerar confiança;
Com otimismo e gratidão
Deus reforça a esperança.
Nunca deixe de sorrir;
Mantenha a paciência
Para tudo voltar a florir.
Refloresça todo dia,
Ele sempre no controle
É a melhor companhia.
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
PERCEPÇÃO SENSORIAL
A poesia
Brinca com
sentidos:
Enxerga
colorido,
Exala
aromas diversos,
Produz
toadas,
Tem sabores
para todos os gostos,
Roça suave
a mente e o coração.
É um balaio
de sinestesia!
Zizi, 19/12/25
CONSCIÊNCIA NEGRA
Qualquer palavra é gota
Ao citar a resistência,
Negritude representa
Raiz, luta, consciência,
Preservar a identidade,
Honrar a ancestralidade,
Dar sentido à existência.
Zumbi, semente que vive:
No grito de liberdade,
Na força da persistência,
No direito à igualdade,
Na luta antirracista,
No ideal para a conquista
Da cura da humanidade.
NÃO a qualquer atitude
Que reforce o grande mal,
Identificado como
Preconceito racial;
É misto de intolerância,
Desrespeito, ignorância,
Mente crua e irracional.
Convém lembrar que esta data
Não promove só lembranças;
As pessoas deveriam
Atuar em mais mudanças
Que tornasse a teoria
Prática do dia a dia,
Unindo-se em alianças.
Zizi, 20/11/25
domingo, 16 de novembro de 2025
MULTIVERSOS em “M”
Monotonia
massacrante
Mofam marido e
mulher.
Mesmo morando
no mesmo mundo,
Migraram da
mesmice
À moradia
maluca
De um
multiverso.
Manifestações das matronas
Movimentam mudanças,
Mas minguam,
No miserável
mundo moralista do machismo:
Máscaras mentirosas
Minimizam os
maus-tratos às mulheres.
Malditos machos!
Mandões, maléficos,
Manipuladores e
melodramáticos,
Que martelam
mil maneiras mesquinhas
De manter o
monopólio masculino.
Mestres da
manobra,
Musculosas mentes
maquiavélicas.
Modestos
monstros
Ou meros
marginais?
Em meio a
multidões,
Maculadas e
magoadas meninas e moças
Movem-se com
menos munições
E murmúrios
mal-humorados.
Maior medo:
Morrer nas mãos
dos maníacos
Que molestam
moleques
Nos muquifos
dos manicômios.
Mulheres
malogradas
Por manchas ou
mutilações
Ministram meios
de manter
A missão da
maternidade
E a manutenção
metafórica do matrimônio,
Multiplicando a
monumental
Massa de
moradores no mundo.
Maximizam a
miséria
Maquinando mix
de maluquices nas marmitas:
Migalhas de
moqueca morna
Com metade
macarrão ao molho e mandioca.
Nas mesas, Moscas
e mosquitos
Marinam os
morangos maduros.
Manjar de
merda!!
Mas,
Meretrizes maduras
e misteriosas,
(Musas mais ou
menos más),
Maravilhosamente
maquiadas,
Com mamas à
mostra,
Mesclam magia e
malícia
Mostrando a
metamorfose milagrosa
Das mútuas
massagens:
Muitos mantos
macios
Marcados com o
mel dos másculos,
Nos melindrosos
momentos molhados.
Moralmente
malvistas,
Mantêm-se à
margem.
Minam moedas,
Montante de mil
a milhões.
Mexericos?
Menosprezam!
Méééé!!
Zizi, 16/11/25
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
VIOLÊNCIA INVISÍVEL AOS OLHOS ALHEIOS
Alguém já questionouO padrão de tratamentoQue o homem dá a esposaLogo após o casamento?Para os outros, é gentil;Com a esposa é hostil.Por que tal comportamento? Lamentavelmente, o homemNão percebe a realidade,Considera que a esposaÉ sua propriedade,Ou melhor, é sua escrava,Que ele pode pôr a trava,Tirando sua liberdade. Ser livre não representaAgir com libertinagem:Transgredindo os limites,Aderindo à vadiagem;Liberdade é um direito,Que começa com respeitoNa individualidade. Pessoa com bons princípiosSabe usar a autonomia;Suas falas ou açõesNão ferem a cortesia;Não invade o espaço alheio,Não constrói esse bloqueioContra a própria companhia. Quem tem um marido assim,Vive com um narcisista;Tem a vida condenadaPelo instinto egoístaQue busca só benefíciosE não mede sacrifíciosDe exploração da conquista. Engraçado como alguémSe acha bem-merecido,Usufruir de vantagensE ser mal-agradecido;É o centro do universo,Exige, mas dá o inverso,Não ouve e quer ser ouvido. Na rua, escuta, elogia,Conversa com todos, sorri,Aos insultos? Nem reage,“Não quer se indispor ali”.Mas, em casa se transforma:Atua da pior forma:Impaciente e cri-cri. Responde com monossílabos,“Vira os olhos” , “dá as costas”,Grita para interromper,Distorce cada respostaPara se passar por vítima.Quase soa: “legítima”A farsa tão bem exposta. Para o público: os louros,O resto para o privado;Aos outros: muito simpático,À esposa: mal-humorado.Busca fora admiração,Faz em casa a inquisição:Julga tudo como errado.
Cego, surdo e
insensível
Às necessidades
dela,
Mas, falante ao
apontar
Qualquer falha
ou mazela.
Se ele errou,
dá uma desculpa
E atribui a ela
a culpa,
Reduzindo sua
parcela.
Os pedidos da esposaNunca são prioridade,Resolve de qualquer jeito,Sem capricho ou qualidade,Fica claro que incomoda,Deixa escapar um “é foda!”Com cara de má
vontade. Quando um homem
é um melPara as pessoas
de fora,E em casa ele
despejaO seu fel a
toda hora,Isso nunca é
normal,É abandono
emocionalQue com o tempo
só piora.
Não aceite ser
tratada
Como um simples
objeto,
Mulher também é
sujeito
Pra formar um
par completo.
Não à coisificação,
Sim à
valorização:
Modo simples e
direto.
Parceria
representaMuito mais do
que estar junto,É o apoio,
companhia,Conversar
qualquer assunto.Agir com cumplicidade,Ter amor e
amizade,Ambos: ser um só conjunto.
Cego, surdo e
insensível
Às necessidades
dela,
Mas, falante ao
apontar
Qualquer falha
ou mazela.
Se ele errou,
dá uma desculpa
E atribui a ela
a culpa,
Reduzindo sua
parcela.
Não aceite ser
tratada
Como um simples
objeto,
Mulher também é
sujeito
Pra formar um
par completo.
Não à coisificação,
Sim à
valorização:
Modo simples e
direto.
Zizi, 13 NOV
2025
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
BRUNO, FELIZ ANIVERSÁRIO!
Hoje é o aniversário
Do meu amado afilhado.
A palavra já transmite
Todo seu significado:
Como um filho, é protegido,
Respeitado e querido,
Um presente estimado.
A festa é para ele,
E nós, os agraciados
Por laços
especiais
Com um ser abençoado:
Moço lindo, inteligente,
Responsável, competente,
Cauteloso, equilibrado.
Seus caminhos são seguros,
Os passos bem planejados,
As decisões pertinentes,
Projetos qualificados,
Metas viabilizadas,
Escolhas selecionadas,
Planos sempre renovados.
Outros pontos se destacam
E vale a pena mencionar:
É ligeiro e perspicaz
Pra fazer rir ou pensar,
Bruno gosta de piadas
Acrescidas de pitadas
De escárnio pra temperar.
Atento no seu silêncio,
Limita alguns comentários,
Vida alheia, por exemplo,
Não é tema necessário.
Seu tempo é precioso,
Gastar em campo danoso,
Não combina com o cenário.
Portanto, é uma honra
Ter essa conexão,
Garantia de um vínculo
Que transcende a ligação:
Surge por afinidade,
Vira preciosidade
E habita o coração.
Zizi, 12/11/25
terça-feira, 11 de novembro de 2025
INTRIGAS DA NATUREZA
Ontem, eu fui
testemunha
De uma disputa acirrada:
De um lado, o grande sol
Em sua tez bronzeada,
E um grupo de desordeiras,
Nuvens nada passageiras,
Cogitando a chuvarada.
Aquecendo o belo dia,
Bem tranquilo e confiante
Da importância que exercia.
Sem argumentos contrários,
Pois não havia adversários
Com sua força e energia.
No trono permaneceu,
Sem perceber que por perto
Algo estranho aconteceu,
Chegando devagarinho,
Alterando, com jeitinho,
A paisagem escureceu.
Reagiu à provocação,
Quis mostrar o seu poder,
Com ameaça e punição:
Expandiu o seu calor
Com os raios e vapor
Pra dar cabo à situação.
As nuvens se espalharam,
Formaram um grande círculo
E em torno dele ficaram;
Com deboche e brincadeira,
Deram-lhe várias rasteiras,
E por fim, o derrubaram.
Sem chance e sem amparo,
O sol se viu obrigado
A pagar um preço caro:
Aceitar uma derrota,
Alterar a sua rota,
Buscar um melhor preparo.
Sentiram-se empoderadas,
Sem ninguém para impedir
As chuvas e trovoadas.
Lançaram em mutirão:
Tempestades, furacão,
Com cidades alagadas.
E baixa temperatura,
Devastação sem medida/
Abalaram a estrutura.
Tragédias incontroláveis,
Por atos irresponsáveis
Daquelas tristes figuras.
Teve grave consequência.
Precisava reverter
O quadro com muita urgência.
A única solução
Seria pedir perdão
Pelos atos de demência.
Chegaram meio sem jeito,
Conversaram com o sol
Sobre o que elas tinham feito.
Com pedidos de desculpas,
Assumiram toda a culpa
Desde a causa, até o efeito.
E viu a calamidade
Causada pela tormenta
No campo e na cidade.
Só ele que poderia
Liquidar essa agonia,
Com toda a propriedade.
Sobre a terra, num compasso,
Aquecendo cada parte,
Acolhendo-a num abraço,
Com calor suficiente
Pra salvar o continente,
Desfazendo o embaraço.
Respiraram, aliviados,
O planeta estava salvo,
Dos excessos provocados.
Em meio às circunstâncias,
Reduziram as distâncias
E tornaram-se aliados.
Só existe o diferente,
Cada qual tem a função,
Mas, são interdependentes.
Basta a simples sintonia,
Transformar em
parceria
Que
o equilíbrio é presente.
domingo, 9 de novembro de 2025
RECEITA DE BOM DIA
Acordei, pensando em um bom dia,
Levantei confiante que será,
Pois, se depender de mim, ficará,
Se eu seguir a receita da alegria.
Tenho os ingredientes que devia,
Basta usá-los na medida correta,
Aquecer em temperatura certa,
Fortalecendo a mente e o coração,
Com amor, confiança e gratidão
A leveza da vida se completa.
Zizi, 09/11/25
sábado, 8 de novembro de 2025
MERLIN
Lindo, branco,
olhos azuis,
Mas sofre por
ser felino,
Outras cores o
desprezam
E batem nesse “menino”.
Ama o colo da “mainha”,
Mia, roça, faz
gracinha
E finge ser
pequenino.
Semelhante ao Gasparzinho:
Sempre à procura de amigos.
Com a Matilde, não deu certo,
Rajada e Jeep: inimigos,
Com Margot, curtiu bastante,
Diversão a todo instante,
Brincadeiras sem perigos.
Embora seja um gato,
Sempre envolvido em intrigas,
Madalena e Ludmila:
Suas melhores amigas,
Cachorrinhas companheiras,
O protegem, são parceiras
Desde épocas antigas.
Zizi, 08/11/25
CABELOS COLORIDOS PELO TEMPO
sexta-feira, 7 de novembro de 2025
VIDA EM TIRAS
Leis patrocinam a desonra:
Corpos à deriva!
Vidas sem futuro,
Destinos sob desatinos,
Corpos descartáveis.
Zizi, 06/11/25
terça-feira, 4 de novembro de 2025
NOVEMBRO
Mês de novembro inicia
Com lembranças e saudade;
Dias depois comemora-se
O "golpe da liberdade";
Em seguida, a Consciência
Zela pela permanência
Dos princípios de igualdade.
É um mês bem generoso
Que traz para o seu agrado,
Além dos fins de semana,
Mais dias de feriado,
Permitindo uma pausa
Que elimine toda a causa
Desse estresse acumulado.
Dias longos, noites curtas,
Primavera em transição:
Com vento, chuva e calor
Antecipa o verão.
A Natureza agradece,
Em seu verde, ela floresce,
E decora a estação.
Sem Poesia, como seria...
Pôr do sol em preto e branco,
Manhã com pouca energia,
Poetas adormecidos,
Sonhando sem fantasia,
Perdidos, insatisfeitos,
Talvez fosse desse jeito
A vida sem poesia
Pesadelos toda noite,
Insônia durante o dia,
As horas passam maçantes,
Desprovidas de alegria,
Passos lentos, imperfeitos,
Talvez fosse desse jeito
A vida sem poesia.
Silêncio ensurdecedor,
Vozes que ninguém ouvia,
Caminhada sem destino,
Vagando sem companhia,
Causa sem nenhum efeito.
Talvez fosse desse jeito
A vida sem poesia.
Zizi, 03/11/25
Santinhos? Jamais!
Os homens se apropriaram
De forma equivocada
Dia de Todos os Santos
Para eles é piada,
São "Santinhos do pau oco"
Todo castigo é pouco,
Pois de santo não têm nada!!
terça-feira, 28 de outubro de 2025
Eva Potiguara (Os Herdeiros de Jurema)
E Em prosa, lança a semente
V Vestida de força e luta,
A Ancestralidade grita
P Para aquele que a escuta:
O Os Herdeiros de Jurema
T Tem enredo de um poema:
I Ilustrando uma disputa.
G Guerras marcam gerações
U Usurpadas pelas gentes
A Atreladas ao poder,
R Ricos e indiferentes
À À cultura dos nativos,
Seus valores e cultivos.
Indígenas resistentes!
Os Herdeiros de Jurema:
Epopeia bem real,
Descrições minuciosas,
Uma mostra cultural,
Um chamado à consciência,
Uma aula de resistência,
O passo para o ideal.
IMAGEM É POESIA
A leveza do bailar.
Nasceu um poema!
Folhas ensaiam
Num sopro da natureza
O ritmo perfeito
domingo, 19 de outubro de 2025
FAZER POEMAS (Versos decassílabos, estrofes décima)
Fazer poemas é um desafio,
Seja qual for o modelo escolhido,
Lançar palavras e dar-lhes
sentido,
Tocando o coração num arrepio.
O retorno vem em vaia, assovio,
Ou pode até causar indiferença,
Tudo é válido como uma presença
Que tornou o poema divulgado.
Todo texto tem um significado,
De acordo com o que cada um pensa.
Não importa qual a forma escolhida
Se a ideia não for bem
apresentada,
A palavra diz tudo ou quase nada,
Pode até conter mensagem escondida.
O poema faz seu peso e medida,
Tanto no verso branco ou no
rimado,
Quanto no livre ou no metrificado,
Poesia é voo livre que cativa,
É a busca de nova perspectiva,
O abrigo de um mundo que nos é
dado.
Zizi, 17/10/25
ZUILA E ZOIM (Deslize)
"Vala me Deus nosso senhor
Que o mundo vai acabar
Zuila teve um filho
Solteira sem casar
Foi a água da enchente
Que ela bebeu sem coar"
Zuila se distraiu
E Zoim se aproximou;
Zuila falou: “Bom dia’
E Zoim se atrapalhou;
Achou que era uma boneca,
Não perdeu tempo e brincou.
ADEUS, QUITAIÚS! (Homenagem ao amigo/irmão Antônio de Pádua)


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